Curitiba, que sempre foi conhecida por atributos racionais, como sua mobilidade urbana e planejamento inteligente, agora se destaca por uma série de projetos humanos e inclusivos. E quando a gente fala de inclusão, a maioria das pessoas têm a tendência de pensar em rampa de acesso ou vaga especial para pessoas com deficiência, mas a verdade é que ela vai muito além disso, até porque convenhamos: o direito de ir e vir é apenas básico.
Você já parou para pensar que para a criança com deficiência sempre coube o papel de expectadora das brincadeiras das demais? Pois então, agora todo domingo elas podem andar de skate na Praça Nossa Senhora de Salete, da capital paranaense. Isso mesmo, amigo: skate adaptado gratuito no final de semana. Tente avaliar o impacto que brincar, se movimentar, rir e interagir promove na cabecinha delas.
Outra lindeza de projeto é o que oferece aulas semanais de dança contemporânea para pessoas com deficiência física-motora, sensorial e/ou intelectual, na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento. Promovidas pela Fundação Cultural de Curitiba e coordenadas pela professora Andrea Sério, as aulas são gratuitas e abertas para a sociedade, com o objetivo de promover a percepção do corpo através da arte.
A lição que fica, em meio a tanta malandragem deste nosso ano olímpico, é que quando há boa vontade, sobra generosidade e que da união de gente de bem, surge um legado humano, lindo e inclusivo, capaz de abrir um horizonte todo novo para inúmeras famílias, que vivem limitadas pela falta de oportunidade.
(Visto em: Update or Die)